quinta-feira, 17 de março de 2011

Chegou o dia da Pré-estréia do filme Fca. Carla em Tianguá

Acontece nesta Quinta-feira (17) de Março a Pré-estreia do Filme Francisca Carla, às 20h, no Ponto de Cultura Garatuja, em Tianguá, na Serra da Ibiapaba. A promoção é da Associação Cultural Garatuja.
 
A festa de pré-lançamento vai ser somente para os participantes do filmes, patrocinadores e convidados. Na próxima semana o público tianguaense vai poder conferir a super produção

O filme será exibido no Ponto de Cultura Garatuja em Movimento a partir do dia 31 de março, e ficará em cartaz durante todo o mês de abril.

Sobre a estreia e sinopse:


Com estréia marcada para o final de março, o média metragem Fca Carla traz para a telona um olhar sobre a religiosidade popular da Ibiapaba, através do fenômeno religioso Fca Carla, uma mulher que foi isolada na mata por ser portadora de hanseníase, no fim dos anos 1940.


Com a atriz Marta Aurélia (Milagre em Juazeiro) e a dramista de Tucuns Ana Maria da Conceição nos papéis principais, o filme tem a participação de Ney Matogrosso, Elke Maravilha e Vinicius de Oliveira no elenco, que é composto também por atores e não atores locais. O filme será exibido no Ponto de Cultura Garatuja em Movimento a partir do dia 31 de março, e ficará em cartaz durante todo o mês de abril.



SINOPSE



Inteiror do Ceará, 1948. Enquanto trabalha na preparacao de um almoço, numa festa, a domestica Fca Carla (Marta Aurélia) é observada por um dos convidados, o médico Dr. Virgílio (Ney Matogrosso).


Ao ser servido por Fca Carla, o médico observa uma mancha no braço dela e confirma a suspeita de Lepra. A festa acaba e todos abandonam a casa. Fca Carla é isolada no meio da mata onde passa o resto de sua vida. Passados mais de 50 anos de sua morte, Fca Carla é cultuada como Santa Popular e o local de seu exílio é visitado por muitos devotos, como Joana (Ana Maria da Conceição) que “apega-se” a alma de Fca Carla para curar sua neta Cleidiane (Dávila Sousa). Baseado em histórias reais.”



terça-feira, 1 de março de 2011

A situação atual dos mares: Conversando com um Oceanógrafo

[EcoDebate] O texto a seguir contem respostas às perguntas formuladas por um jornalista preocupado com a situação dos mares.

1) Qual é o panorama atual dos oceanos hoje? Há estudos sobre maior concentração de poluição e perda de biodiversidade. Isso já ocorreu antes, em outra época? É possível prever as conseqüências, a curto e longo prazo, desta situação?

Como cientista posso disser que o panorama é preocupante

Por suposto trata-se de uma percepção que não é unânime na comunidade acadêmica internacional, pois existem vozes discordantes que, embora admitam a existência de problemas, confiam no avanço da ciência e das tecnologias para resolver o problema da falta de sustentabilidade dos oceanos.
No entanto, não confio tanto na onipotência da tecnologia e, defendendo minha visão, observo que na medida que realizamos mais estudos dos ambientes costeiros e daqueles mais afastados, como os de mar aberto (oceânicos) e das grandes profundidades o quadro é de que estamos correndo uma carreira desigual contra o tempo. 

Ainda sabemos muito pouco e aquém do necessário. Estamos num momento em que o ambiente marinho continua sendo afetado, particularmente nas regiões próximas à costa, mas também em regiões inesperadas de alto mar. Exemplo disso foi ter constatado (através de imagens satelitais) um enorme acúmulo de lixo plástico flutuante de todo tipo e constituído por pequenas partículas de lentíssima degradação girando a sabor das correntes marinhas no oceano Pacífico norte. A origem desse lixo são dejetos provenientes das regiões costeiras e dos navios.

A contaminação e poluição em escala crescente (como conseqüência do desenvolvimento demográfico e industrial) tem afetado e modificado os ambientes costeiros, pois neles é que se concentram os assentamentos humanos. Entre 50 e 70 % das populações humanas encontram-se numa faixa costeira de 50 a 100 Km de largura.

Essa ação antrópica compromete as relações de fluxo de energia (fixação do Carbono através das plantas marinhas e as relações entre os animais predadores e suas presas), entre os compartimentos do ecossistema costeiro.

Dessa forma se perturbam ou alteram irreversivelmente, ciclos biológicos e migratórios, da fauna marinha, se desestruturam habitats reprodutivos e de criação assim como, se modifica a dominância de uma determinada espécie em favor de outras. Muitas vezes uma espécie de interesse comercial, explorada numa pescaria pode ser deslocada/substituída por outra sem valor para o homem.

O ambiente marinho é, por natureza, um ambiente altamente dinâmico e complexo onde as abordagens reducionistas são, com freqüência, insuficientes e parciais para explicar o que observamos. O estudo dos mares é, por excelência um estudo interdisciplinar onde recorremos à física, química, biologia, geologia, meteorologia e, mais recentemente, às ciências sociais e econômicas. 

Acredito que seja essencial entender o comportamento humano em suas expressões sociais e econômicas. A relação do homem com o mar é praticamente inseparável da história da civilização ocidental e oriental. 

No presente, o ser humano é um usuário e “apropriador” dos “bens” (recursos pesqueiros e minerais como gás, petróleo, areias, carbonatos, nódulos polimetálicos, água, etc.) e dos “serviços” do ecossistema marinho (papel modulador do clima, ventos, correntes marinhas, biodiversidade, defesa militar, equilíbrio dinâmico da natureza e sua interação com a costa).

A percepção que o ser humano tem do meio marinho é muito limitada, porque somos animais essencialmente terrestres onde nossos sentidos como visão, audição, tato e olfação são de valor limitado ou nulo no meio marinho. 

O que vemos do mar com facilidade?

A implantação da hidrelétrica de Belo Monte, artigo de Washington Novaes

[Repórter Eco] É incompreensível a recusa do setor de energia do governo federal, de dialogar com a sociedade e cientistas a respeito da necessidade – ou não – de implantar novas grandes hidrelétricas no país, principalmente na Amazônia.
Muitos estudos científicos dizem que o país pode tranquilamente economizar até 30 por cento da energia que consome hoje, com programas de conservação e eficiência – tal como fez no “apagão” de 2001. Pode ganhar 10 por cento reduzindo as perdas nas linhas de transmissão, hoje em 17 por cento. E pode repotenciar a baixo custo geradores antigos de hidrelétricas, ganhando mais 10 por cento. Mas esses caminhos não são sequer discutidos.
Enquanto isso, insiste-se na implantação da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, a um custo astronômico que sequer se sabe qual é. Sem ter certeza de qual será a capacidade de geração de energia no período seco. Cavando um canal maior que o do Panamá. Prejudicando comunidades ribeirinhas e indígenas. E tudo sem explicar a quem servirá essa energia.
Nas últimas semanas, cresceram os protestos em várias partes do país. Um painel de especialistas mostrou a inconsistência do projeto, classificado na revista do Instituto de Engenharia de “vergonhoso”. A Ordem dos Advogados do Brasil também o condenou, principalmente por haver o Ibama inventado uma figura que não existe na legislação – uma licença parcial para desmatar 240 quilômetros quadrados de floresta, antes de haverem sido cumpridas dezenas de condicionantes para o início de obras.
E não é só. O setor federal de energia programa várias outras hidrelétricas na Amazônia, principalmente nos rios Teles Pires e Tapajós, várias delas envolvendo problemas com terras indígenas e áreas de preservação permanente. A sociedade e os cientistas deveriam merecer mais consideração.
Washington Novaes, jornalista, é supervisor geral do Repórter Eco. Foi consultor do primeiro relatório nacional sobre biodiversidade. Participou das discussões para a Agenda 21 brasileira. Dirigiu vários documentários, entre eles a série famosa “Xingu” e, mais recentemente, “Primeiro Mundo é Aqui”, que destaca a importância dos corredores ecológicos no Brasil.
Artigo originalmente publicado no Repórter Eco.

Fonte: Eco Debate

PRÉ ESTRÉIA DO FILME TIANGUAENSE "FRANCISCA CARLA" SERÁ EM MARÇO

Associacao Cultural Garatuja estará realizando no dia 17/mar/quinta, as 20:00h, a pré-estreia do filme Fca Carla dia, no Ponto de Cultura Garatuja, em Tianguá.
Com estréia marcada para o final de março, o média metragem Fca Carla traz para a telona um olhar sobre a religiosidade popular da Ibiapaba, através do fenômeno religioso Fca Carla, uma mulher que foi isolada na mata por ser portadora de hanseníase, no fim dos anos 40. Com a atriz Marta Aurélia (Milagre em Juazeiro) e a dramista de Tucuns Ana Maria da Conceição nos papéis principais, o filme tem ainda aparticipação de Ney Matogrosso, Elke Maravilha e Vinicius de Oliveira no elenco, que é composto também por atores e não atores locais.